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OLIMPÍADAS MODERNAS |
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As Olimpíadas foram criadas pelo Barão de Coubertin
Alguns Símbolos Olímpicos Esses são os escudos das Olimpíadas Modernas
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Atenas,
1896 I Jogos Olímpicos
Umas 8.000 pessoas lotavam o estádio de Atenas naquela tarde de 6 de Abril de 1896, Eram pessoas muito diferentes das que você vê hoje nas arquibancadas de um futebol: mulheres de vestidos cumpridos e grandes chapéus, homens de gravata e alguns senhores de cartola. A data entraria para a História do esporte, porque naquele momento renasciam oficialmente os Jogos Olímpicos.
No gramado, estavam presentes 285 atleta de 13 países. Muito pouco em comparação com os milhares de atletas das ultimas olimpíadas. Mas você deve lembrar que, em 1896, um navio levava dias e dias para ir da América à Europa, atravessando o oceano Atlântico.
Além do mais, essas eram as primeiras Olimpíadas
modernas. Por isso mesmo que todos os atletas estavam bem preparados e os resultados que
obtiveram foram até engraçados se a gente observar as marcas que são alcançadas hoje
em dia. Na corrida de 100 metros, por exemplo, o campeão Thomas Bruke, dos estados Unidos
alcançou o tempo de 12 segundos atualmente muitos corredores fazem em menos de 10
segundos.
Mas ninguém ligou. O importante é que as Olimpíadas
haviam voltado. Para ficar.
Paris, 1900 II Jogos Olímpicos
Paris, já era uma cidade importante, cheia de vida e de agitação,
mas em 1900 tornou-se mais alegre e movimentada. Só que isso não aconteceu exatamente
por causa da realização, na capital francesa dos II Jogos Olímpicos.
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É que junto com as Olimpíadas, estava sendo promovida em Paris a
Exposição Universal mostrando o que havia de mais moderno e sensacional na
época, como os primeiros automóveis de quatro rodas. Desse jeito os Jogos Olímpicos acabaram ficando em segundo plano e pouca gente foi ver a prova de atletismo, disputadas no Racing Club, ou as de natação, improvisadas numa piscina adaptada nas águas do rio Sena. Apesar do pequeno interesse despertado, essas olimpíadas conseguiram reunir 1060 atletas. Mesmo assim não apareceu nenhum grande campeão entre eles e as marcas alcançadas não chegaram a entusiasmar ninguém. Exceto, é claro, o barão de Coubertin. Ele sabia que, mais cedo ou mais tarde, as Olimpíadas iriam ainda iriam entusiasmar o mundo todo. |
St. Louis, 1904
De novo os Jogos estiveram a par de uma Exposição Mundial. Devido à dificuldade de transporte até aos Estados Unidos muitos atletas europeus não compareceram. No total participaram 12 países e cerca de 700 concorrentes. O racismo imperou: os brancos competiam com brancos - as outras raças jogavam à parte.
Na sua quarta edição, a organização dos Jogos ganhou uma nova dimensão e seriedade, sendo estes concebidos como um acontecimento independente de qualquer exposição universal. Mais de 2000 atletas de 22 países estiveram presentes competindo em 21 modalidades. O norte-americano Ray Ewry ganhou a sua décima medalha, mas os ingleses foram os mais premiados. O ouro, a prata e o bronze estreavam-se então nos Jogos Olímpicos.
Pela primeira vez, os Jogos reuniram atletas dos cinco continentes. Entre eles os Portugueses, que se estreavam nas Olimpíadas, embora de forma trágica, com a morte do maratonista Francisco Lázaro. No apuramento de tempos e resultados, aparece o photo-finish e os cronómetros manuais são trocados por relógios eléctricos. O segundo passou a ter décimos.
A bandeira olímpica, com os cinco anéis entrelaçados, esvoaçou pela primeira vez na Holanda. Era o símbolo oficial dos Jogos, apresentado na sua sexta edição, realizada ainda sob o rescaldo da primeira Guerra Mundial. Participaram 29 nações, mas os países derrotados na guerra ficaram de fora. No plano da competição, o finlandês Paavo Nurmi, com vitórias nas corridas de fundo, deu nas vistas em Antuérpia.
Por desejo de Pierre de Coubertin, os Jogos voltam a Paris, agora
com a presença de 44 países e 3072 atletas, entre os quais 131 mulheres. No Atletismo,
Paavo Nurmi confirmou-se como estrela, ganhando 5 medalhas de ouro, enquanto na Natação
a revelação dava pelo nome de Jonhnny Weissmuller, o futuro Tarzan do Cinema.
Amesterdam, 1928
A chama olímpica passa a ser símbolo integrante dos Jogos. Entre os atletas, uma grande novidade para o sexo feminino: as mulheres foram autorizadas a participar em corridas de velocidade e corta-mato, no Atletismo, contra a vontade de Pierre de Coubertin, entretanto já afastado do Comité Olímpico Internacional. Na piscina, Weissmuller repete vitórias.
Devido à crise económica da época, os X Jogos reuniram o mais baixo número de participantes desde 1904. Entre as novidades, o aparecimento do pódio, para os três primeiros lugares, e da Aldeia Olímpica . Na competição, o escândalo aconteceu com a expulsão do corredor Paavo Nurmi, por infracção às normas do amadorismo.
Londres, 1948 Após o interregno provocado pela II Guerra Mundial, os Jogos voltaram a Londres sem a presença da Alemanha e Japão entre os 59 países participantes. A holandesa Fanny Blankers-Koen, com 4 medalhas de ouro no Atletismo, foi a deusa da competição. Berlim, 1936
A Alemanha de Hitler ganhou o maior número de medalhas e aproveitou os Jogos para propagandear o nazismo. Mas contra tudo e contra todos, o atleta negro norte-americano Jesse Owens deitava por terra a pretensa superioridade da raça ariana, ao ganhar 4 medalhas de ouro no Atletismo.
A União Soviética participa pela primeira vez nos Jogos e sobre as Olimpíadas pairou o clima da "guerra fria". Mas apesar do despique entre russos e americanos na busca das medalhas, as maiores figuras desportivas foram o corredor checoslovaco Emil Zátopek e o brasileiro Ademar Ferreira da Silva, no triplo salto
A crise do Canal do Suez, a entrada do exército soviético na Hungria, o afastamento da China e os custos elevados das viagens até à Austrália foram as causas do baixo número de atletas em Melbourne. Entre os atletas que lá foram, a ginasta soviética Larissa Latynina e a nadadora austríaca Dawn Fraser estiveram no topo.
Segundo rezam as crónicas, estes terão sido os mais belos Jogos de sempre. E, pela primeira vez, a Televisão levou o grande espectáculo olímpico aos olhos de todo o mundo. Um dos momentos altos foi a maratona, com o etíope Abebe Bikila a correr descalço para a vitória.
Na XVIII Olimpíada, os Jogos realizaram-se pela primeira vez na Ásia. Ao mesmo tempo, significaram a reintegração do Japão na sociedade das nações, após a derrota nipónica na II Guerra Mundial. Contando com uma das melhores organizações de sempre, estes Jogos trouxeram também consigo duas novas modalidades - o Judo e o Voleibol.
Devido a uma altitude próxima dos 4000 metros, a rarefacção do ar na Cidade do México gerou o protesto de alguns atletas. Porém, para outros, esse factor foi uma benção, já que ali se estabeleceram 34 novos recordes mundiais - entre eles o do salto em comprimento, por Bob Beamon, com 8,90 m.
Um atentado terrorista de extremistas Palestinianos vitimou onze atletas israelitas e cobriu de luto estes Jogos. Apesar das opiniões contra, a competição continuou. E o desporto acabaria por gritar mais alto nos excelentes desempenhos do nadador norte-americano Mark Spitz e da ginasta soviética Olga Korbut.
Casa roubada, trancas na porta... E desta vez os Jogos foram marcados por uma rigorosa segurança. Apesar disso, registou-se o boicote de 24 países, na sua maioria africanos. Desportivamente, a estrela maior foi a ginasta romena de 14 anos, Nadia Comaneci, logo seguida da nadadora alemã, Kornelia Ender.
Na sequência da invasão soviética do Afeganistão, mais de 65 países acompanharam os EUA no boicote político a estes primeiros Jogos num país socialista. No plano da competição, destaque para Daley Thompson, considerado o "rei dos atletas" após a vitória no decatlo.
L. A. again... E novo boicote, agora movido pelos países do bloco de Leste. Em termos de custos de organização, estes foram os primeiros Jogos a ser financiados por patrocinadores privados. Na pista, a maior ovação ia para o velocista norte-americano Carl Lewis, 4 vezes ouro, enquanto que, na maratona, os louros da glória pertenceram ao português Carlos Lopes.
Com a presença de todas as superpotências do desporto, os Jogos da Coreia assistiram à queda de 27 recordes do mundo. Para os atletas, o amadorismo deixou de ser obrigação. Na festa olímpica de Seul houve uma rainha e um vilão: a exuberante velocista norte-americana Florence Griffith-Joyner e o homem mais ápido do mundo com doping, o canadiano Ben Johnson. Discreta mas dourada, a portuguesa Rosa Mota foi a primeira na maratona.
Na sua cidade natal, Juan Antonio Samaranch, actual presidente do Comité Olímpico Internacional, destacou a importância dos patrocinadores comerciais nos Jogos. Sem entraves políticos de monta, Barcelona conseguiu reunir 174 países na competição. Quanto a Portugal, presente com 102 atletas, voltou para casa sem uma única medalha na bagagem. Entre os melhores no pódio, a equipa "Dream Team" de basquetebol dos EUA e o atleta americano mais premiado com ouro olímpico, Carl Lewis - 8 medalhas em 3 Jogos.
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A decisão foi difícil para o Comité Olímpico Internacional. Após uma votação renhida, o projecto de Atlanta venceu a candidatura de Atenas para a realização da edição centenária dos Jogos Olímpicos da Era Moderna. O berço olímpico perdeu para o poderoso trono da Coca-Cola e da cadeia de Televisão CNN. Hello Atlanta! |